sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O Terço e o Rosário

Lagos, 24 de Fevereiro de 2012
sobre O Terço e o Rosário
Tenho percebido uma certa confusão e até ignorância, mesmo entre alguns católicos, sobre a diferença entre Terço e o Rosário, chegando a afirmar-se que são dois nomes para o mesmo objecto.
Ora bem, em Fátima, na Capela dos Húngaros, está a imagem de Nossa Senhora do Rosário com o rosário no braço. O rosário tem quinze blocos de orações, contendo cada bloco um Pai-Nosso, dez Avé-Maria e um Glória e as orações finais. Devido à falta de tempo e dificuldade em rezar todas estas orações, foi criado o Terço – a terça parte do Rosário – que assim contém cinco blocos de orações e as orações finais: três Avé-Maria e uma Salvé-Rainha. Tão importantes são também as Meditações sobre os Mistérios da vida de Jesus Cristo, as jaculatórias e as ofertas no início e antes das orações finais.
Acho importante cada cristão, católico saber isto.

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quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

"O Martírio dos Inocentes"

Lagos, 23 de Fevereiro de 2012
sobre O Martírio dos Inocentes (Mt 2,1-23)
Gostaria de começar pelo princípio: Maria era uma jovem de dezassete anos segundo o calendário lunar usado na época, virgem, como era obrigatório naquela época para jovens solteiras. Vivia com Zacarias, sacerdote, irmão de sua mãe, Ana, que já tinha falecido e o seu marido, Joaquim, também, e Isabel, sua esposa, e viviam em Ain-Karim, a 6 km de Jerusalém1. José, apesar de viver em Nazaré, era de Belém e as famílias de Zacarias e de José eram ainda familiares. José mostrou-se interessado em Maria, pedindo-a em casamento e Zacarias aceitou. O compromisso estava firmado.

Então Maria recebe a visita do Anjo Gabriel e fica grávida por graça do Espírito Santo. Enquanto Maria continuava a viver com os seus tios, José estava a viver temporariamente em Jerusalém, em casa de familiares, e só de vez em quando aparecia em Ain-Karim porque os transportes, naquela altura, não eram nada que se assemelhasse aos atuais e olha para o ventre de Maria e acha-o volumoso e, nervoso, pergunta-lhe o que se passa. Maria, a pouco e pouco e cheia de lágrimas, vai-lhe narrando o que lhe tinha vindo a acontecer desde os esponsais. José fica mesmo desorientado, sem saber se acreditar, que dizer, que fazer e a maldizer tudo e todos. Perguntou a Maria se os seus tios sabiam e ela disse que não. Então decidiu não pedir reparação a Zacarias e fala com ele o seu desejo de levar Maria consigo para Nazaré, para a sua casa. Zacarias aceitou radiante e lá partiram os dois e Jesus Cristo já no ventre de Maria. Não mencionando nada a Maria, ia com muita raiva de tudo o que estava a acontecer e decide repudiá-la em silêncio2. José não tinha tido relações sexuais com Maria e não iria ter; o Anjo também tinha comunicado com José, mas durante o sono «José, não temas receber Maria como tua esposa, pois o que ela concebeu é obra do Espírito Santo.» Assim, perante todos, ele era o marido de Maria e o pai do bébé, mas na intimidade seria reservado e não teria relações sexuais com ela!

Devido ao édito do imperador César Augusto para que houvesse recenseamento em todo o império romano; na Palestina, este ocorreu por volta do ano 6 a.C. quando era governador da Palestina, Herodes, o Grande, que faleceu no ano 4 d.C. e era governador da Síria, Públio Sulpício Quirino. Este erro sobre a data do nascimento de Jesus Cristo deve-se a um erro de cálculo de Dionísio, o Pequeno (século VI) que é compreensível devido à falta de documentos e instrumentos técnicos que o pudessem apoiar neste cálculo. Nunca esquecer os perigos de vida que corriam todos aqueles que se relacionassem com o nome de Jesus Cristo, após a sua ascensão. Assim Jesus Cristo nasceu exatamente por volta do ano 6 a.C..

Maria e José vieram a Belém recensear-se e Jesus Cristo lá nasceu. Depois foram viver com o Menino para Jerusalém, para casa dos familiares, parentes que José lá tinha para que Maria tivesse todo o apoio que necessitasse neste período pós-parto. Ainda viviam na casa destes familiares, em Jerusalém, quando Jesus Cristo tinha vinte e quatro meses, segundo o calendário lunar, e apareceu um forasteiro, vidente, vindo de Damasco que se dirigiu ao palácio real em Jerusalém, querendo “prestar homenagem ao futuro rei do mundo”. Como a família real não tinha filhos com cerca de dois anos de idade, este forasteiro foi procurá-lo fora do palácio real e por comunicações divinas encontrou o Menino com Maria e os familiares de José na sua casa de Jerusalém. José não estava em casa porque estava a trabalhar na sua actividade de carpinteiro.

Este forasteiro ajoelhou-se diante de Jesus Cristo, abençoou-o, abraçou-o e entregou a Maria prendas caras, jóias que ela nunca tinha visto. Maria não sabia que fazer e as lágrimas corriam pelo seu rosto. Entretanto chegou José que os familiares tinham ido chamar. O forasteiro identificou-se a José; era Isaac, rei da Síria, e pediu que em nenhuma circunstância o identificassem fosse a quem fosse. Pediu a José que saísse de Jerusalém com o Menino o mais depressa possível porque o rei Herodes preparava a morte para Jesus. José agradeceu imenso e nessa mesma noite saíram de Jerusalém para o Egipto3. Durante a noite, José também fora avisado por um anjo.

Como o forasteiro não regressou ao palácio real a informar o rei Herodes onde se encontrava o Menino que seria o rei do mundo, Herodes mandou matar todos os meninos do sexo masculino de dois anos para baixo em Jerusalém e por todo o seu território. Foi uma chacina de inocentes como não há memória. Assim foi!

1Nova Bíblia dos Capuchinhos, Difusora Bíblica, Lisboa,1998, p.1666 (39);

2Nova Bíblia dos Capuchinhos, Difusora Bíblica, Lisboa,1998, p.1566 (19);

3Nova Bíblia dos Capuchinhos, Difusora Bíblica, Lisboa,1998, p.1566- 1568 (Mt 2);

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Dia de S. Valentim 14-02-2012

Neste dia de S. Valentim venho presentear cada um de vós que aqui vindes com esta rosa, testemunho da minha amizade.