sábado, 28 de maio de 2016

SANTA MISSA E PROCISSÃO EUCARÍSTICA NA SOLENIDADE DO SANTÍSSIMO CORPO E SANGUE DE CRISTO

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Praça São João de Latrão
Quinta-feira, 26 de Maio de 2016

 «Fazei isto em memória de Mim» (1 Cor 11, 24.25). Esta ordem de Jesus Cristo é referida duas vezes pelo apóstolo Paulo quando narra à comunidade de Corinto a instituição da Eucaristia. É o testemunho mais antigo que temos das palavras de Jesus Cristo na Última Ceia.
«Fazei isto» ou seja, tomai o pão, dai graças e parti-o; tomai o cálice, dai graças e distribuí-o. Jesus Cristo ordena que se repita o gesto com que instituiu o memorial da sua Páscoa, pelo qual nos deu o seu Corpo e o seu Sangue. E este gesto chegou até nós: é o «fazer» a Eucaristia que tem sempre Jesus Cristo como sujeito, mas actua-se através das nossas pobres mãos ungidas pelo Espírito Santo.
«Fazei isto». Já antes Jesus Cristo pedira aos seus discípulos para «fazerem» algo que Ele, em obediência à vontade do Pai, tinha já decidido no seu íntimo realizar; acabamos de o ouvir no Evangelho. À vista das multidões cansadas e famintas, Jesus Cristo diz aos discípulos: «Dai-lhes vós mesmos de comer» (Lc 9, 13). Na realidade, é Jesus Cristo que abençoa e parte os pães até saciar toda aquela multidão, mas os cinco pães e os dois peixes são oferecidos pelos discípulos e era isto o que Jesus Cristo queria: que eles, em vez de mandar embora a multidão, pusessem à disposição o pouco que tinham. E depois, há outro gesto: os pedaços de pão, partidos pelas mãos santas e veneráveis do Senhor, passam para as pobres mãos dos discípulos que os distribuem às pessoas. Também isto é «fazer» com Jesus Cristo, é «dar de comer» juntamente com Ele. Evidentemente este milagre não pretende apenas saciar a fome de um dia, mas é sinal daquilo que Jesus Cristo tem em mente realizar pela salvação de toda a humanidade, dando a sua carne e o seu sangue (cf. Jo 6, 48-58). E, no entanto, é preciso passar sempre através destes dois pequenos gestos: oferecer os poucos pães e peixes que temos; receber o pão partido das mãos de Jesus Cristo e distribuí-lo a todos.
«Partir»: esta é a outra palavra que explica o significado da frase «fazei isto em memória de Mim». O próprio Jesus Cristo Se repartiu e reparte, por nós. E pede que façamos dom de nós mesmos, que nos repartamos pelos outros. Foi precisamente este «partir o pão» que se tornou ícone, sinal de reconhecimento de Jesus Cristo e dos cristãos. Lembremo-nos de Emaús: reconheceram-No «ao partir o pão» (Lc 24, 35). Recordemos a primeira comunidade de Jerusalém: «Eram assíduos (…) à fracção do pão» (At 2, 42). É a Eucaristia que se torna, desde o início, o centro e a forma da vida da Igreja. Mas pensemos também em todos os santos e santas – famosos ou anónimos – que se «repartiram» a si mesmos, a própria vida, para «dar de comer» aos irmãos. Quantas mães, quantos pais, juntamente com o pão quotidiano cortado sobre a mesa de casa, repartiram o seu coração para fazer crescer os filhos e fazê-los crescer bem! Quantos cristãos, como cidadãos responsáveis, repartiram a própria vida para defender a dignidade de todos, especialmente dos mais pobres, marginalizados e discriminados! Onde encontram eles a força para fazer tudo isto? Precisamente na Eucaristia: na força do amor do Senhor ressuscitado que também hoje parte o pão para nós e repete: «Fazei isto em memória de Mim».
Possa o gesto da procissão eucarística que em breve realizaremos, ser também resposta a esta ordem de Jesus Cristo. Um gesto para fazer memória d’Ele; um gesto para dar de comer à multidão de hoje; um gesto para repartir a nossa fé e a nossa vida como sinal do amor de Jesus Cristo por esta cidade e pelo mundo inteiro.


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sábado, 21 de maio de 2016

SANTA MISSA NA SOLENIDADE DE PENTECOSTES

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica Vaticana 
Domingo, 15 de Maio de 2016


«Não vos deixarei órfãos» (Jo 14, 18). A missão de Jesus Cristo, que culmina no dom do Espírito Santo, tinha este objetivo essencial: reatar a nossa relação com o Pai, arruinada pelo pecado; tirar-nos da condição de órfãos e restituir-nos à condição de filhos.
Ao escrever aos cristãos de Roma, o apóstolo Paulo afirma: «Todos os que se deixam guiar pelo Espírito, esses é que são filhos de Deus. Vós não recebestes um Espírito de escravidão que vos escravize e volte a encher-vos de medo; mas recebestes um Espírito que faz de vós filhos adoptivos. É por Ele que clamamos: Abbá, ó Pai!» (Rm 8, 14-15). Aqui temos restabelecida a relação: a paternidade de Deus reactiva-se em nós graças à obra redentora de Jesus Cristo e ao dom do Espírito Santo.
O Espírito é dado pelo Pai e leva-nos ao Pai. Toda a obra da salvação é uma obra de regeneração, na qual a paternidade de Deus, por meio do dom do Filho e do Espírito, nos liberta da orfandade em que caíramos. No nosso tempo, também se constatam vários sinais desta nossa condição de órfãos: a solidão interior que sentimos mesmo no meio da multidão e que, às vezes, pode tornar-se tristeza existencial; a nossa suposta autonomia de Deus que aparece acompanhada por uma certa nostalgia da sua proximidade; o analfabetismo espiritual generalizado que nos deixa incapazes de rezar; a dificuldade em sentir como verdadeira e real a vida eterna, como plenitude de comunhão que germina aqui e desabrocha para além da morte; a dificuldade de reconhecer o outro como irmão porque filho do mesmo Pai e outros sinais semelhantes.
A tudo isto se contrapõe a condição de filhos, que é a nossa vocação primordial, é aquilo para que fomos feitos, o nosso «DNA» mais profundo, mas que se arruinou e, para ser restaurado, exigiu o sacrifício do Filho Unigénito. Do imenso dom de amor que é a morte de Jesus Cristo na cruz, brotou para toda a humanidade, como uma cascata enorme de graça, a efusão do Espírito Santo. Quem mergulha com fé neste mistério de regeneração, renasce para a plenitude da vida filial.
«Não vos deixarei órfãos». Neste dia, festa de Pentecostes, tais palavras de Jesus Cristo fazem-nos pensar também na presença maternal de Maria no Cenáculo. A Mãe de Jesus está no meio da comunidade dos discípulos reunida em oração: é memória vivente do Filho e viva invocação do Espírito Santo. É a Mãe da Igreja. À sua intercessão, confiamos de maneira especial todos os cristãos, as famílias e as comunidades que, neste momento, têm mais necessidade da força do Espírito Paráclito, Defensor e Consolador, Espírito de verdade, liberdade e paz.
O Espírito – como afirma igualmente São Paulo – faz com que pertençamos a Jesus Cristo: «Se alguém não tem o Espírito de Jesus Cristo, esse não Lhe pertence» (Rm 8, 9). E consolidando a nossa relação de pertença ao Senhor Jesus Cristo, o Espírito faz-nos entrar numa nova dinâmica de fraternidade. Através do Irmão universal que é Jesus, podemos relacionar-nos de maneira nova com os outros: já não como órfãos, mas como filhos do mesmo Pai bom e misericordioso. E isto muda tudo! Podemos olhar-nos como irmãos e as nossas diferenças fazem apenas com que se multipliquem a alegria e a maravilha de pertencermos a esta única paternidade e fraternidade.


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