domingo, 17 de janeiro de 2016

06-01-2016 » Homilia do Papa Francisco sobre a EPIFANIA DO SENHOR

Venho partilhar convosco as homilias do Santo Padre que nos entusiasmam a todos. Bom ano!

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO
Basílica Vaticana 
Quarta-feira, 6 de Janeiro de 2016


 As palavras do profeta Isaías, dirigidas à cidade santa de Jerusalém, convidam a levantar-nos, a sair – a sair dos nossos fechamentos, a sair de nós mesmos – para reconhecermos a luz esplendorosa que ilumina a nossa existência: «Levanta-te e resplandece, Jerusalém, que está a chegar a tua luz! A glória do Senhor amanhece sobre ti!» (60, 1). A «tua luz» é a glória do Senhor. A Igreja não pode iludir-se de brilhar com luz própria; não pode! Lembra-o Santo Ambrósio com uma bela expressão em que usa a lua como metáfora da Igreja: «Verdadeiramente como a lua é a Igreja (...) brilha, não com luz própria, mas com a de Cristo. Recebe o seu próprio esplendor do Sol de Justiça, podendo assim dizer: “Já não sou eu que vivo, é Cristo vive em mim”» (Exameron, IV, 8, 32). Cristo é a luz verdadeira que ilumina e a Igreja, na medida em que permanece ancorada n’Ele, na medida em que se deixa iluminar por Ele, consegue iluminar a vida das pessoas e dos povos. Por isso, os Santos Padres reconheciam, na Igreja, o «mysterium lunae».
Temos necessidade desta luz que vem do Alto para corresponder coerentemente à vocação que recebemos. Anunciar o Evangelho de Jesus Cristo não é uma opção que podemos fazer de entre muitas nem é uma profissão. Para a Igreja ser missionária não significa fazer proselitismo; para a Igreja ser missionária equivale a exprimir a sua própria natureza: ser iluminada por Deus e reflectir a sua luz. Este é o seu serviço. Não há outra estrada. A missão é a sua vocação: fazer resplandecer a luz de Cristo é o seu serviço. Quantas pessoas esperam de nós este serviço missionário porque precisam de Jesus Cristo, precisam de conhecer o rosto do Pai!
Os Magos, de que nos fala o Evangelho de Mateus, são um testemunho vivo de como estão presentes por todo o lado as sementes da verdade, pois são dom do Criador que a todos chama a reconhecê-Lo como Pai bom e fiel. Os Magos representam as pessoas, dos quatro cantos da Terra, que são acolhidas na casa de Deus. Na presença de Jesus, já não há qualquer divisão de raça, língua e cultura: naquele Menino, toda a humanidade encontra a sua unidade. E a Igreja tem o dever de reconhecer e fazer surgir, de forma cada vez mais clara, o desejo de Deus que cada um traz dentro de si. Este é o serviço da Igreja com a luz que ela reflecte: fazer surgir o desejo de Deus que cada um traz dentro de si. Como os Magos, ainda hoje, há muitas pessoas que vivem com o «coração inquieto», continuando a questionar-se sem encontrar respostas certas (a inquietação nasce do Espírito Santo que se move nos corações). Também elas andam à procura da luz que indica a estrada para Belém.
Quantas estrelas existem no céu! E todavia os Magos seguiram uma diferente, uma nova, que – segundo eles – brilhava muito mais. Longamente perscrutaram o grande livro do céu para encontrar uma resposta às suas questões (sentiam o coração inquieto) e finalmente a luz aparecera. Aquela luz mudou-os. Fez-lhes esquecer as ocupações diárias e puseram-se imediatamente a caminho. Deram ouvidos a uma voz que, no íntimo, os impelia a seguir aquela luz – é a voz do Espírito Santo que actua em todas as pessoas – e a luz guiou-os até encontrarem o rei dos judeus numa pobre casa de Belém.
Tudo isto é uma lição para nós. Hoje far-nos-á bem repetir a pergunta dos Magos: «Onde está o rei dos judeus que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo» (Mt 2, 2). Somos chamados, sobretudo num tempo como o nosso, a procurar os sinais que Deus oferece, cientes de que se requer o nosso esforço para os decifrar e assim compreender a vontade divina. Somos desafiados a ir a Belém encontrar o Filho e sua Mãe. Sigamos a luz que Deus nos oferece! É uma luz pequenina; o hino do Breviário diz-nos poeticamente que os Magos «lumen requirunt lumine». Aquela luz pequenina é a luz que irradia do rosto de Jesus Cristo, cheio de misericórdia e fidelidade. E quando chegarmos junto d’Ele, adoremo-Lo com todo o coração e ofereçamos-Lhe de presente a nossa liberdade, a nossa inteligência, o nosso amor. A verdadeira sabedoria esconde-se no rosto deste Menino. É aqui, na simplicidade de Belém, que a vida da Igreja encontra a sua síntese. Aqui está a fonte daquela luz que atrai a si toda a pessoa no mundo e orienta o caminho dos povos pela senda da paz.


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